Scania cresce na América do Norte: força nos motores, presença de marca e expansão no México
Por muitos anos, os caminhões Scania eram praticamente
ausentes das estradas norte-americanas. Mas esse cenário vem mudando de forma
significativa, especialmente no México, onde a marca sueca encontrou terreno
fértil para crescer e inovar.
Hoje, os caminhões Scania já circulam pelas principais
rodovias mexicanas, e mesmo nos Estados Unidos — onde a marca oficialmente não
vende caminhões há décadas — já é possível notar sua presença indireta por meio
de motores, componentes e até de unidades importadas por empresas de fronteira.
México: polo estratégico da Scania
Nos últimos cinco anos, a Scania acelerou seu crescimento no
México. De pouco mais de 270 unidades vendidas em 2020, a marca saltou para
mais de 2.000 caminhões comercializados anualmente em 2023 e 2024. A fabricante
consolidou sua atuação com uma estrutura própria de montagem, uma rede de
pós-venda cada vez mais robusta e foco em tecnologia limpa.
Além disso, programas de manutenção proativa, veículos
conectados e a introdução dos primeiros caminhões elétricos marcam uma nova
fase da marca no país. O objetivo é claro: tornar o México um polo de
referência para a operação da Scania em todo o continente americano.
Transportadoras que apostam na Scania
Empresas de médio e grande porte já contam com frota 100% ou
parcialmente composta por caminhões Scania. Um exemplo é a Shomer
Autotransportes, sediada na Baja California. A transportadora opera com
modernos modelos da linha Scania Super, capazes de movimentar cargas
pesadas com segurança, robustez e menor consumo de combustível.
Além da Shomer, outras transportadoras também se destacam:
- Transportes
Marva, especializada em transporte rodoviário de longa distância, que
renovou parte de sua frota com cavalos mecânicos Scania.
- Grupo
Bimbo, um dos maiores conglomerados alimentícios do mundo, que
adquiriu caminhões Scania elétricos para rotas urbanas e logísticas.
- Logística
ABC, operando nas regiões de Monterrey e Guadalajara, com frota mista
de modelos P e R da Scania.
Essas empresas apostam não apenas no desempenho, mas também
na confiabilidade técnica e no pós-venda da marca, que tem investido fortemente
em capacitação técnica e reposição rápida de peças.
Presença indireta nos Estados Unidos
Nos EUA, a Scania ainda não comercializa diretamente seus
caminhões — uma decisão estratégica que remonta aos anos 1990. No entanto, essa
ausência direta não significa ausência total.
Desde 2022, os motores Scania S13 passaram a equipar
os caminhões da International Trucks, marca americana pertencente ao
mesmo grupo (Traton). Com isso, caminhões da International vendidos em
território americano agora carregam o coração tecnológico da Scania embaixo do
capô.
Além disso, empresas como a Shomer, que atuam em
rotas binacionais entre México e EUA, já operam caminhões Scania em território
americano, principalmente em regiões portuárias e fronteiriças. Esses veículos
entram legalmente por meio de programas de importação específica, voltados a
operações logísticas transfronteiriças.
Futuro promissor e expansão contínua
Com a expansão da rede de concessionárias no México e
Canadá, a Scania segue investindo para ampliar sua participação no continente.
A expectativa é que, nos próximos anos, a marca explore novas frentes, como o
transporte urbano 100% elétrico e parcerias com operadores logísticos dos
Estados Unidos.
A demanda crescente por veículos conectados, eficientes e
com menor impacto ambiental coloca a Scania em posição estratégica para se
tornar uma das protagonistas da transição energética no setor de transportes da
América do Norte.
Scania: robustez, inovação e visão de futuro
O crescimento da Scania no México, o avanço dos motores S13
nos caminhões International, e a atuação de transportadoras como a Shomer
apontam para uma verdade inegável: a Scania voltou a acelerar no continente.
Mesmo sem uma presença formal nos EUA, sua tecnologia e reputação estão mais vivas do que nunca. E para quem acompanha o setor de transporte pesado, a pergunta agora não é se a Scania voltará com tudo aos Estados Unidos — mas quando.
Redação Mercado Caminhões - Comunicação e Imprensa
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